Exercício Físico (Osteoartrose)
Os doentes com OA deverão ser encorajados a manter ou iniciar um plano de exercícios, com a supervisão do médico ou do fisioterapeuta com o intuito de:
—> Diminuir a intensidade da dor – têm sido diversos os mecanismos evocados para a redução da dor através da prática de exercício: a maior absorção dos impactos por um músculo mais tonificado, a melhoria da drenagem venosa e linfática e a supressão da libertação de P-endorfinas. Por outro lado, a canalização de energia para a sua prática reduz a ansiedade e a depressão aumentando a autoconfiança do doente.
—> Melhorar a capacidade física global – ao contrariar a diminuição da endurance do sistema músculo-esquelético e cardiovascular motivados pelo processo artrósico.
—> Manter ou aumentar a amplitude de movimentos – tende a ser comprometida pela contractura dos tecidos moles periarticulares, pela persistência de posturas anormais e pelo desequilíbrio entre músculos agonistas e antagonistas. Este efeito estabelece-se não só em torno da articulação afetada, mas também nas articulações vizinhas e contralaterais. Os exercícios deverão, assim, ser aplicados a todas as articulações potencialmente envolvidas e repetidos em diversas sessões diárias.
—> Fortalecer a sua massa muscular e promover a estabilidade articular – de acordo com a situação, poder-se-á recorrer a exercícios isométricos, isotónicos, isocinéticos, de estiramento ou fortalecimento, aeróbicos, com ou sem carga, de forma isolada ou combinada. A sua introdução deverá ser efetuada de forma gradual de acordo com a tolerância própria de cada doente. A prática regular, mesmo que por curtos períodos, é preferível à prática esporádica prolongada. Apesar dos múltiplos efeitos benéficos, a vigilância é fundamental devendo-se fazer o reajuste do programa sempre que o doente refira dor por um período superior a 24 horas após a prática do exercício, fadiga, fraqueza, diminuição da amplitude de movimentos ou ocorrência de derrame articular.