Factor Psicose – I
Este fator inclui delírios, alucinações, agitação e irritabilidade. Para além das causas referidas, a agitação e a agressividade estão relacionadas com desocupação, desconforto, isolamento, dor, depressão ou necessidade de atividade. O tratamento não farmacológico para a agitação e psicose deve ser individualizado e identificar algumas destas causas.
Podem ser iniciadas medidas simples como a estimulação e ocupação adequadas, aumento do espaço para se deslocar e do conforto, ou atividades de socialização controlada (por exemplo, ver vídeos ou fotografias da família, envolvimento em atividades parecidas com a profissão anterior, fisioterapia ou massagens). Em termos da atitude a adotar, esta não deve ser confrontativa ou de forma a pôr em evidência os défices, sendo preferíveis a empatia, o toque gentil e uma postura de não recriminação.
Para o tratamento farmacológico da agitação e da agressividade podem ser usadas benzodiazepinas, antipsicóticos (l.a e 2.a gerações), trazodona, ou anticonvulsivantes.
As benzodiazepinas devem ser administradas em doses mais baixas do que as usadas em pessoas mais jovens, e devem ser preferidas as de semivida curta. Fármacos de semivida longa, como o diazepam, têm sido associados a fenómenos de impregnação (em que a velocidade de administração é superior à da eliminação), com aumento do risco de quedas, fraturas e mortalidade geral. Todavia, parece que a fratura do colo do fémur está mais associada à insónia do que ao uso de benzodiazepinas. De qualquer forma, parece de bom senso a utilização preferencial de benzodiazepinas de semivida curta, como o lorazepam, o oxazepam ou o alprazolam, até porque este tem alguma evidência de eficácia nesta população.