Fórmulas Imunomoduladoras
Trata-se de fórmulas entéricas que incluem um ou mais ditos imunoestimulantes, tal como arginina, glutamina, Q.3 ou nucleósidos. Uma meta-análise comparando imunonutrição com produtos standard concluiu não haver inequívoco efeito na morbilidade (complicações infeciosas, duração de estadia na UCI e duração de ventilação mecânica) ou mortalidade, embora no grupo de doentes submetidos a cirurgia eletiva pareça haver redução de complicações infeciosas e duração de estadia na UCI. Há, por exemplo, suplementação isolada de L-arginina sob a forma de pó (Arginaid) que se mistura na alimentação oral em curso.
—> Glutamina – trata-se de um aminoácido não essencial e a sua depleção leva a atrofia intestinal, ulceração e necrose mucosa. Tal predispõe a translocação bacteriana aumentada e sépsis no rato, embora a evidência deste acontecimento na clínica humana seja muito escassa. Num estudo realizado com doentes queimados a suplementação de 0,5 g/kg/dia foi benéfica.
—> AG Q3 – preconiza-se uma relação Q3/Q6 de 1:4, mas em doentes com situações inflamatórias severas é preconizado por alguns uma relação mais baixa à custa de suplementação de Q3. Em três estudos controlados com doentes com ARDS foi demonstrado que a suplementação com Q3 melhorava as trocas gasosas, diminuía o número de dias sob ventilação mecânica e de estadia na UCI, embora não tivesse qualquer efeito na mortalidade. Por exemplo: Impact, enriquecido em L-arginina, RNA e Q3.