Injeção Subcutânea de Sumatriptano
A injeção subcutânea de sumatriptano é, sem dúvida, a terapêutica mais eficaz. Provoca um alívio da crise em minutos, que é completo em 80% dos casos. Todavia, é também nessa forma que se verifica maior número de efeitos adversos. A administração intranasal tem uma rapidez de ação intermédia (início aos 15 minutos) entre a forma oral e a parentérica, sendo a sua eficácia sobreponível à forma oral do mesmo fármaco. O frova e o naratriptano têm menor taxa de recorrências da dor e menos efeitos adversos, mas têm um início de efeito mais tardio e menor eficácia do que o sumatriptano.
O principal risco destes medicamentos é o vasospasmo, pelo que estão formalmente contraindicados nos indivíduos com doença cardíaca isquémica, insuficiência vascular periférica, doença cerebrovascular isquémica, nos casos de HTA não controlada (risco de aumento agudo da tensão arterial) e nas formas complicadas de enxaqueca (migraine hemiplégica, basilar e oftalmoplégica). Estão ainda contraindicados quando existe hipersensibilidade conhecida a estes fármacos ou às sulfamidas. Nos indivíduos com fatores de risco para doença coronária, a sua administração deve ser efetuada após ECG e sob supervisão médica. Não devem ser utilizados durante a gravidez e a lactação, nem depois dos 65 anos. Apenas o sumatriptano intranasal está recomendado nos adolescente entre os 12 e os 17 anos.
Os efeitos acessórios destes fármacos são habitualmente transitórios e consistem em parestesias, dormência e formigueiros, tonturas, rubor, sensação de calor e frio cefálicos, sensação de fraqueza, queixas pré-cordiais (aperto, constrição no peito).
Interações: não se devem associar triptanos à ergotamina (ver parágrafo seguinte) nem, de um modo geral, aos antidepressivos IMAO ou SSRI.